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Tono-Bungay, de H. G. Wells
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Revisão de Nuno Quintas. Tradução do inglês de José Miguel Silva. Edição da Antígona.
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«O Tono-Bungay ainda figura nos cartazes publicitários, ainda se encontra nos armazéns de todos os boticários, ainda alivia as tosses da velhice e desanuvia a vista dos idosos e solta a língua dos anciãos; mas a sua glória pública, o seu brilho comercial, desvaneceram-se para sempre. E eu, único e chamuscado sobrevivente da explosão, sento-me agora a escrever sobre ela, num local onde não há um minuto de silêncio, por via do barulho estridente e atroador de máquinas, a uma secretária pejada de desenhos técnicos, por entre fragmentos de modelos, anotações sobre velocidades e trajectórias ou pressões do ar e da água – uma atmosfera muito diferente da do Tono-Bungay.»
