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As Convidadas, de Silvina Ocampo
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Tradução de Guilherme Pires. Revisão de Madalena Caramona. Ilustração da capa de Mariana Malhão. Edição da Antígona.
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«Tão curta seria a vida se não tivesse os momentos desagradáveis que a tornam interminável.»
Obra de maturidade e um dos livros mais aplaudidos da autora, «As Convidadas» reúne quarenta e quatro histórias inquietantes sobre os seus temas de eleição — a infância, o amor, a loucura, o fantástico —, entre os quais «O Diário de Porfiria Bernal» — a assombrosa metamorfose de uma preceptora —, «A Revelação» — as visões à cabeceira de um moribundo — e o conto que dá nome à colectânea. Janela aberta para o sobrenatural quotidiano, que assoma aos seres sensíveis em espectros e aparições, a impiedosa escrita de Silvina Ocampo, à semelhança das personagens que cria, é tributária de uma rigorosa imaginação e de uma enganadora ingenuidade, capaz de ternura e de terror, como quem quisesse «mostrar-nos o Céu para depois nos atirar para o Inferno».
