Solaris, de Stanisław Lem
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Revisão de Nuno Quintas. Tradução do polaco de Teresa Fernandes Swiatkiewicz. Edição da Antígona.
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«Estabelecer contacto significa trocar experiências, ideias ou pelo menos resultados, estados, mas… e se não há nada para trocar? Se um elefante não é uma bactéria gigante, então o oceano também não pode ser um cérebro gigante. De ambos os lados podem, claro, ocorrer certas reacções. O efeito de uma delas é que estou agora a olhar para ti e a tentar explicar-te que me és mais cara do que esses vinte anos de vida que dediquei a Solaris e que quero continuar a viver contigo. A tua aparição até podia ter sido uma tortura, mas também pode ter sido um favor, ou talvez uma experiência microscópica. Uma expressão de amizade, um golpe insidioso, uma zombaria? Talvez tudo isto em conjunto ou (o que, aliás, me parece o mais provável) algo completamente diferente.»