K como Kolónia, de Marie-José Mondzain
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Revisão de Nuno Quintas. Tradução do francês de Luís Lima. Edição da Orfeu Negro.
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«Aquilo a que chamo descolonização do imaginário, e que tentarei descrever, designa o lugar que se deve devolver a todos os gestos activos e resistentes que provam diariamente que as imagens da dominação não conseguem triunfar. A existência microssísmica das recusas e das revoltas está presente sempre que um sujeito lança sobre qualquer outro um olhar sem precedentes, no sentido literal. É tudo o que precede que repete e mortifica a própria possibilidade de qualquer acontecimento. A essência do colonialismo decorre de uma repetição necrotizante. Falar de imaginário neste quadro reflexivo é fazer do nosso poder ficcional a faculdade política por excelência.»